(1) Metáfora – a metáfora é um recurso pelo qual comparamos dois elementos, identificando-os um com o outro. Geralmente, um dos elementos é claro e facilmente reconhecido, servindo para esclarecer o outro. Deste modo, ensinamos um conceito desconhecido, partindo de um que é conhecido. Por exemplo: Em Mateus 5:13, Jesus diz: “Vós sois o sal da terra.” Queria dizer que assim como o sal têm a função de conferir sabor aos alimentos, assim também os cristãos devem ter a função de influenciar moralmente a sociedade.
(2) Símiles – um símile é uma comparação feita entre dois elementos, geralmente com o emprego das palavras “como” e “assim” que determinam a comparação. Por exemplo, o Senhor diz em Mateus 10.16: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos”. O símile está claro; ele compara os crentes a ovelhas e os falsos mestres a lobos. Este símile é básico, e é utilizado muitas vezes na Bíblia. Nesse caso, também, não são difíceis de serem identificados.
(3) Analogia – a analogia é uma comparação entre dois elementos, em que um explica o outro. Em geral, a analogia é empregada como recurso de argumentação. Por exemplo, em 1 Coríntios 1:18, Paulo diz: “Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”
(4) Hipérbole – a hipérbole consiste numa comparação exagerada para se ensinar um conceito. Por exemplo: em Mateus 7:3, o Senhor diz: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” É óbvio que ninguém pode ter uma trave no olho, mas esta hipérbole chama nossa atenção, através do exagero, para os trágicos resultados da critica maldosa.
(5) Antropomorfismo – esta palavra, aparentemente difícil, significa simplesmente atribuir características humanas a Deus. A Bíblia ensina que Deus é Espírito, e conseqüentemente não tem corpo. Mas é impossível para o homem entender o Espírito. Portanto, foi necessário que Deus utilizasse as características do corpo humano para descrever-se; por isso é que ouvimos falar dos “ouvidos do Senhor”, ou da “voz de Deus”, ou da “mão do Senhor”. Deus nos ouve, nos fala e nos sustém, mas não possui olhos, mãos e ouvidos, como nós. Entretanto, à sua maneira ele faz a mesma coisa. Por isso, ele usa as características finitas do homem, que nós compreendemos com clareza, para descrever suas características infinitas, que de outro modo não poderíamos compreender. Contudo, é errado deduzir, como fazem algumas pessoas, que Deus tem mãos e ouvidos como os homens.
(6) Parábolas – Jesus Cristo foi um perito no emprego de parábolas. Muitas de suas parábolas iniciam com as palavras: “O reino dos céus é semelhante a…” ou “Um certo homem foi a um país distante…” Na interpretação das parábolas, muitas pessoas exageram, isto é, tentam explicar todos os detalhes, dando-lhes um significado especial. Agindo assim, muitas vezes, anulam o ensino básico da parábola. As parábolas são ilustrações. E do mesmo modo que utilizamos ilustrações para ensinar um conceito com uma verdade central, as parábolas divinas também possuem esta verdade central.